No Cerrado, o conhecimento local está sendo cada vez mais subordinado à lógica do agronegócio. De um lado, o capital impõe os conhecimentos biotecnológicos, como mecanismo de universalização de práticas agrícolas e de novas tecnologias, e de outro, o modelo capitalista subordina homens e mulheres à lógica do mercado. Assim, as águas, as sementes, os minerais, as terras (bens comuns) tornam-se propriedade privada. Além do mais, há outros fatores negativos, como a mecanização pesada, a “pragatização” dos seres humanos e não humanos, a violência simbólica, a superexploração, as chuvas de veneno e a violência contra a pessoa.
CALAÇA, M.; SILVA, E. B.; JESUS, J. N. Territorialização do agronegócio e subordinação do campesinato no Cerrado.
Élisée, Rev. Geo. UEG, n. 1, jan.-jun. 2021 (adaptado).
Os elementos descritos no texto, a respeito da territorialização da produção, demonstram que há um
A) cerco aos camponeses, inviabilizando a manutenção das condições para a vida.
B) descaso aos latifundiários, impactando a plantação de alimentos para a exportação.
C) desprezo ao assalariado, afetando o engajamento dos sindicatos para o trabalhador.
D) desrespeito aos governantes, comprometendo a criação de empregos para o lavrador.
E) assédio ao empresariado, dificultando o investimento de maquinários para a produção.
Solução
O texto demonstra que a territorialização do agronegócio no Cerrado está impondo práticas que subjugam o conhecimento local e transformam bens comuns em propriedade privada, resultando em impactos negativos como mecanização pesada e violência. Esses fatores mostram um cerco aos camponeses, dificultando a manutenção das condições de vida.
Alternativa A