TEXTO I
Num apagamento histórico
Me perguntam como eu cheguei aqui
A verdade é que eu sempre estive
O lugar onde vivo me apaga e me incrimina
Me cala e me torna invisível
GUAJAJARA, K. Território ancestral. In: Hapohu. S.l.: Sakkara, 2019 (fragmento).
TEXTO II
A historiografia ocidental estudou a colonização da América apenas do ponto de vista dos europeus, que deixaram testemunhos escritos presentes na documentação da época, sobretudo nas crônicas de viagens. A visão baseada na oralidade, em línguas desconhecidas pelo europeu, não foi incorporada sistematicamente ao estudo dos povos indígenas, considerados “povos sem história”.
SILVA, A. P. Memória oral e patrimônio indígena no Brasil nas crônicas do século XVI.
Anpuh: XXV Simpósio Nacional de História – Fortaleza, 2009 (adaptado).
O Texto I aproxima-se do Texto II ao elaborar uma crítica à produção historiográfica ocidental em sua abordagem pautada em
A) narrativas científicas.
B) valores etnocêntricos.
C) conceitos socialistas.
D) arquivos positivistas.
E) princípios cristocêntricos.
Solução
O Texto I e o Texto II se aproximam ao criticar a historiografia ocidental por sua abordagem etnocêntrica. O Texto I reflete sobre a invisibilidade e o apagamento das perspectivas indígenas na história, enquanto o Texto II aponta como a historiografia ocidental estudou a colonização da América apenas do ponto de vista europeu, desconsiderando a visão e a oralidade dos povos indígenas. Ambos os textos criticam a forma como a história foi dominada por uma perspectiva que negligencia e marginaliza as contribuições e experiências dos povos indígenas.
Alternativa B