Nas últimas décadas, uma acentuada feminização no mundo do trabalho vem ocorrendo. Se a participação masculina pouco cresceu no período pós-1970, a intensificação da inserção das mulheres foi o traço marcante. Entretanto, essa presença feminina se dá mais no espaço dos empregos precários, onde a exploração, em grande medida, se encontra mais acentuada.
NOGUEIRA, C. M. As trabalhadoras do telemarketing: uma nova divisão sexual do trabalho? In: ANTUNES, R. et al.
Infoproletários: degradação real do trabalho virtual. São Paulo: Boitempo, 2009.
A transformação descrita no texto tem sido insuficiente para o estabelecimento de uma condição de igualdade de oportunidade em virtude da(s)
A) estagnação de direitos adquiridos e do anacronismo da legislação vigente.
B) manutenção do status quo gerencial e dos padrões de socialização familiar.
C) desestruturação da herança patriarcal e das mudanças do perfil ocupacional.
D) disputas na composição sindical e da presença na esfera político-partidária.
E) exigências de aperfeiçoamento profissional e de habilidades na competência diretiva.
Solução
A crescente presença feminina no mercado de trabalho não garante igualdade de oportunidades devido à manutenção do status quo gerencial e dos padrões de socialização familiar. Embora mais mulheres estejam trabalhando, elas ainda ocupam cargos inferiores, enquanto os homens dominam os altos cargos. A dupla jornada das mulheres, que inclui trabalho doméstico e profissional, também afeta sua vida no trabalho. Apesar das dúvidas sobre a legislação, avanços históricos, como a ampliação da licença-maternidade em 1988 e a reforma trabalhista de 2017, mostram progresso nos direitos das mulheres e na modernização das leis.
Alternativa B