No início do século XVI, as relíquias continuavam protegendo edifícios e cidades, promovendo curas milagrosas, sendo levadas em solenes procissões pelas ruas, sacralizando altares de igrejas por toda a Europa, em uma notável continuidade em relação ao papel que haviam desempenhado havia mais de mil anos no continente. Mas, em meados daquele século, essa situação tinha se transformado. O culto às relíquias foi fortemente repudiado pelos reformadores protestantes, que pregavam uma igreja invisível.
CYMBALISTA, R. Relíquias sagradas e a construção do território cristão na Idade Moderna. Anais do Museu Paulista, n. 2, jul.-dez. 2006.
A nova abordagem sobre a prática indicada no texto fundamentava-se no(a)
A) abandono de objetos mediadores.
B) instituição do ascetismo monástico.
C) desprezo do proselitismo religioso.
D) revalorização dos ritos sacramentais.
E) consagração de preceitos populares.
Solução
Os reformadores protestantes repudiaram o culto às relíquias, que eram considerados objetos mediadores entre o fiel e o divino. Em vez disso, pregavam uma igreja invisível, que enfatizava a relação direta e pessoal com Deus, sem a necessidade de intermediários físicos como as relíquias.
Alternativa A