Trasímaco estava impaciente porque Sócrates e os seus amigos presumiam que a justiça era algo real e importante. Trasímaco negava isso. Em seu entender, as pessoas acreditavam no certo e no errado apenas por terem sido ensinadas a obedecer às regras da sua sociedade. No entanto, essas regras não passavam de invenções humanas.
RACHELS, J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009.
O sofista Trasímaco, personagem imortalizado no diálogo A República, de Platão, sustentava que a correlação entre justiça e ética é resultado de
A) determinações biológicas impregnadas na natureza humana.
B) verdades objetivas com fundamento anterior aos interesses sociais.
C) mandamentos divinos inquestionáveis legados das tradições antigas.
D) convenções sociais resultantes de interesses humanos contingentes.
E) sentimentos experimentados diante de determinadas atitudes humanas
Solução
No diálogo “A República” de Platão, o sofista Trasímaco sustenta que a correlação entre justiça e ética é uma construção social derivada de interesses humanos contingentes. Ele argumenta que as noções de justiça e moralidade não são verdades objetivas ou naturais, mas sim invenções humanas que refletem os interesses e convenções das sociedades. Para Trasímaco, essas regras são estabelecidas pelos poderosos para manter e reforçar seu controle, e não têm um fundamento universal ou divino.
Alternativa D