Pode-se viver sem ciência, pode-se adotar crenças sem querer justificá-las racionalmente, pode-se desprezar as evidências empíricas. No entanto, depois de Platão e Aristóteles, nenhum homem honesto pode ignorar que uma outra atitude intelectual foi experimentada, a de adotar crenças com base em razões e evidências e questionar tudo o mais a fim de descobrir seu sentido último.
ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2002.
Platão e Aristóteles marcaram profundamente a formação do pensamento Ocidental. No texto, é ressaltado importante aspecto filosófico de ambos os autores que, em linhas gerais, refere-se à:
A) adoção da experiência do senso comum como critério de verdade.
B) incapacidade de a razão confirmar o conhecimento resultante de evidências empíricas.
C) pretensão de a experiência legitimar por si mesma a verdade.
D) defesa de que a honestidade condiciona a possibilidade de se pensar a verdade.
E) compreensão de que a verdade deve ser justificada racionalmente.
Solução
Platão e Aristóteles apresentam muitas divergências em suas ideias e conclusões filosóficas. No entanto, a questão destaca uma concordância fundamental entre eles: ambos consideram o conhecimento filosófico essencial para a vida humana. Para ambos, a filosofia é vista como uma atividade pessoal e racional voltada para a busca da verdade. Nesse contexto, a razão ocupa um papel central, transcendendo o senso comum, a moralidade e até mesmo a experiência sensível isolada.
Alternativa E