A cultura ocidental acentuadamente antropocêntrica foi marcada por processos convergentes de desenvolvimento técnico-científico e acumulação de riquezas, propiciados pela expansão colonial, que resultaram na revolução industrial, no fortalecimento da ideia de progresso e no processo de ocidentalização do mundo.
FERREIRA, L. C. Dilemas do século XX: ideias para uma sociologia da questão ecológica. In: SILVA, J. P. (Org.)
Por uma Sociologia do século XX. São Paulo: Annablume, 2007 (adaptado).
Esse processo de acumulação de riquezas no Ocidente, por longos séculos, se fez à custa da degradação do meio natural. Do ponto de vista da cultura e do imaginário ocidental moderno, isso se deveu à:
A) ideologia revolucionária burguesa, que pregava a repartição igualitária do direito de acesso aos recursos naturais e agrícolas.
B) ideia de Renascimento, que representava os benefícios técnicos de transformação da natureza como salutares para a preservação de ecossistemas.
C) concepção sacralizada de que a natureza, enquanto obra da criação de Deus, devia servir à contemplação estética e religiosa.
D) perspectiva desenvolvimentista, que atrelava o progresso ao meio ambiente e difundia amplamente um entendimento da relação harmoniosa entre sociedade e natureza.
E) crença nos poderes da ciência e do desenvolvimento tecnológico, que contribuiu para tratar a natureza como objeto de quantificação, manipulação e dominação.
Solução
A crença nos poderes da ciência e do desenvolvimento tecnológico, que emergiu com a Revolução Industrial e se consolidou ao longo do século XIX e início do século XX, teve um impacto profundo na maneira como a natureza foi percebida e tratada. Essa crença enfatizou a capacidade da ciência e da tecnologia de resolver problemas, melhorar a qualidade de vida e promover o progresso humano. Como resultado, a natureza começou a ser vista não apenas como um recurso a ser explorado, mas como um objeto de quantificação, manipulação e dominação.
Alternativa E