O brasileiro tem noção clara dos comportamentos éticos e morais adequados, mas vive sob o espectro da corrupção, revela pesquisa. Se o país fosse resultado dos padrões morais que as pessoas dizem aprovar, pareceria mais com a Escandinávia do que com Bruzundanga (corrompida nação fictícia de Lima Barreto).
FRAGA, P. Ninguém é inocente. Folha de S. Paulo. 4 out. 2009 (adaptado)
O distanciamento entre “reconhecer” e “cumprir” efetivamente o que é moral constitui uma ambiguidade inerente ao humano, porque as normas morais são
A) decorrentes da vontade divina e, por esse motivo, utópicas.
B) parâmetros idealizados, cujo cumprimento é destituído de obrigação.
C) amplas e vão além da capacidade de o indivíduo conseguir cumpri-las integralmente.
D) criadas pelo homem, que concede a si mesmo a lei à qual deve se submeter.
E) cumpridas por aqueles que se dedicam inteiramente a observar as normas jurídicas.
Solução
Baseada em uma matéria da Folha de São Paulo, esta questão explora um paradoxo significativo na sociedade brasileira: apesar de amplamente saber o que é certo e errado, muitas vezes as pessoas escolhem agir de maneira inadequada. Esse fenômeno pode ser parcialmente explicado pelo fato de que as leis são criadas por seres humanos, que nem sempre se comportam de acordo com os princípios que definem. Assim, há uma evidente desconexão entre o conhecimento das normas e a prática efetiva da ética e da justiça.
Alternativa D
