Substitui-se então uma história crítica, profunda, por uma crônica de detalhes onde o patriotismo e a bravura dos nossos soldados encobrem a vilania dos motivos que levaram a Inglaterra a armar brasileiros e argentinos para a destruição da mais gloriosa república que já se viu na América Latina, a do Paraguai.
CHIAVENATTO, J. J. Genocídio americano: A Guerra do Paraguai. São Paulo: Brasiliense, 1979 (adaptado).
O imperialismo inglês, “destruindo o Paraguai, mantém o status quo na América Meridional, impedindo a ascensão do seu único Estado economicamente livre”. Essa teoria conspiratória vai contra a realidade dos fatos e não tem provas documentais. Contudo essa teoria tem alguma repercussão.
DORATIOTO, F. Maldita guerra: nova história da Guerra do Paraguai. São Paulo: Cia. das Letras, 2002 (adaptado).
Uma leitura dessas narrativas divergentes demonstra que ambas estão refletindo sobre
A) a carência de fontes para a pesquisa sobre os reais motivos dessa Guerra.
B) o caráter positivista das diferentes versões sobre essa Guerra.
C) o resultado das intervenções britânicas nos cenários de batalha.
D) a dificuldade de elaborar explicações convincentes sobre os motivos dessa Guerra.
E) o nível de crueldade das ações do exército brasileiro e argentino durante o conflito.
Solução
Os textos de Chiavenato e Doratioto abordam a Guerra do Paraguai, mas apresentam perspectivas distintas sobre a participação da Inglaterra no conflito. Chiavenato adota uma abordagem ideológica, argumentando que a Inglaterra desempenhou um papel crucial na eclosão da guerra. Por outro lado, Doratioto adota uma abordagem mais científica, relativizando essa afirmação ao destacar a falta de fontes históricas que a comprovem.
Alternativa D