O hipertexto permite — ou, de certo modo, em alguns casos, até mesmo exige — a participação de diversos autores na sua construção, a redefinição dos papéis de autor e leitor e a revisão dos modelos tradicionais de leitura e de escrita. Por seu enorme potencial para se estabelecerem conexões, ele facilita o desenvolvimento de trabalhos coletivamente, o estabelecimento da comunicação e a aquisição de informação de maneira cooperativa.
Embora haja quem identifique o hipertexto exclusivamente com os textos eletrônicos, produzidos em determinado tipo de meio ou de tecnologia, ele não deve ser limitado a isso, já que consiste numa forma organizacional que tanto pode ser concebida para o papel como para os ambientes digitais. É claro que o texto virtual permite concretizar certos aspectos que, no papel, são praticamente inviáveis: a conexão imediata, a comparação de trechos de textos na mesma tela, o “mergulho” nos diversos aprofundamentos de um tema, como se o texto tivesse camadas, dimensões ou planos.
RAMAL, A. C. Educação na cibercultura: hipertextualidade, leitura, escrita e aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2002.
Considerando-se a linguagem específica de cada sistema de comunicação, como rádio, jornal, TV, internet, segundo o texto, a hipertextualidade configura-se como um(a)
A) elemento originário dos textos eletrônicos.
B) conexão imediata e reduzida ao texto digital.
C) novo modo de leitura e de organização da escrita.
D) estratégia de manutenção do papel do leitor com perfil definido.
E) modelo de leitura baseado nas informações da superfície do texto.
Solução
O hipertexto se destaca como uma nova forma de leitura e organização textual, permitindo uma abordagem não-linear e a participação de diversos autores em sua construção. A passagem “O hipertexto permite — ou, de certo modo, até mesmo exige — a revisão dos modelos tradicionais de leitura e de escrita” demonstra como ele transforma as práticas tradicionais de leitura e escrita, conectando-se ao meio eletrônico e ao tempo presente.
Alternativa C