TEXTO I
O homem atual está sacrificando conhecimentos profundos de qualidade em prol de informações cada vez mais reduzidas, o que dá uma imagem incompleta do mundo em que cremos viver. Por isso as numerosas notícias de hoje serão esquecidas amanhã, uma vez que serão substituídas por outras numerosas notícias. Quanto mais informações tem uma sociedade, um acúmulo excessivo, menos memória guardamos, o que diminui sua profundidade histórica, e, por conseguinte, também a capacidade que se tem para conduzi-la com as nossas próprias mãos.
Disponível em: www.revistaesfinge.com.br. Acesso em: 13 out. 2021 (adaptado).
TEXTO II
Esc (Caverna digital)
O que Maria vê
Seu João não vê
Dentro de cada universo
Cada um enxerga e sente
Com seu cada qual
O que Francisco diz
Bia num entendeu
Já tinha visto tanta coisa
Que na sua cabeça tudo logo se perdeu
Me faz lembrar onde estamos
Digitalmente perdidos
Me faz lembrar nosso rumo
Liquidamente entretidos […]
Lá fora um vendaval (aqui na)
Caverna digital
Ficamos inventando histórias
Uma ilusão perfeita do que era pra ser
Olho que tudo vê
Ela ele você
SCALENE. Magnitite. São Paulo: Red Bull Studios, 2017 (fragmento).
Na comparação entre os dois textos, constata-se que a crítica comum a ambos refere-se ao(à)
A) aversão ao controverso
B) incompreensão entre as pessoas.
C) esvaziamento das relações sociais.
D) distanciamento sistemático da realidade
E) incredulidade frente aos acontecimentos.
Solução
Tanto no Texto I quanto no Texto II, há uma crítica sobre como o excesso de informações e a superficialidade das interações contemporâneas causam um afastamento das pessoas da realidade. No Texto I, isso se refere à perda de profundidade no conhecimento, enquanto no Texto II, a “caverna digital” simboliza um estado de alienação em que as pessoas ficam “digitalmente perdidas”. Ambos os textos abordam o impacto da modernidade e da era digital sobre a percepção do mundo.
Alternativa D