Jon Lord, fundador do Deep Purple, era um caso raro na música. Depois de uma carreira bem-sucedida como tecladista de duas das maiores bandas de rock do planeta, aposentou-se em 2002 para compor peças eruditas. Para ele, clássico e popular eram apenas aspectos de uma mesma entidade, a boa música. O caminho era quase natural. Tendo aprendido a tocar os clássicos no piano, Lord apaixonou-se pelo rock ao ouvir Buddy Holly e começou a tocar em combos de jazz, rhythm’n’blues e depois rock. Em 1969, aos 27 anos, ele compôs, com a ajuda do maestro Malcolm Arnold, um Concerto para grupo e orquestra, temperando a estrutura de uma peça erudita com a eletricidade agressiva da fase mais criativa do Deep Purple, a mesma equipe que comporia Smoke on the Water em 1972.
SOARES, M. Jon Lord foi um pioneiro na fusão entre rock e erudito. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 16 nov. 2021 (adaptado).
A circulação do tecladista Jon Lord (1941-2012) entre gêneros aparentemente distantes como o rock e a música erudita foi possível porque ele
A) conheceu muitos países e culturas ao longo das constantes viagens em turnê.
B) superou eventuais barreiras estéticas ao se abrir para novos estilos musicais.
C) aventurou-se em novas estéticas musicais após a aposentadoria da banda.
D) reconheceu a limitação de possibilidades de composição da música popular.
E) adaptou-se a um repertório musical mais amplo diante do sucesso do grupo.
Solução
Jon Lord transitou entre o rock e a música erudita ao combinar diferentes estilos musicais, como evidenciado por sua habilidade em fundir elementos do rock com estruturas de música clássica, algo que ficou claro em sua composição “Concerto para grupo e orquestra”. Sua capacidade de unir esses dois gêneros, aparentemente distintos, demonstra uma abertura para explorar novas estéticas musicais e superar as barreiras tradicionais entre música erudita e popular.
Alternativa B