O veneno do bem
Imagine que você cortou o rosto e, em vez de dar pontos, o seu médico passa uma supercola feita de sangue de boi e veneno de cascavel. Isso pode mesmo acontecer. Mas não se assuste. A história moderna das serpentes não tem nada a ver com o medo ancestral que inspiram. Para a ciência, elas guardam produtos utilíssimos nas glândulas letais. O mais recente é uma cola de pele genuinamente brasileira, que, segundo os testes já feitos, dá uma cicatrização perfeita.
A descoberta pertence à equipe do professor Benedito Barraviera, da Universidade Estadual Paulista, em Botucatu. E não é a primeira feita no Brasil. Nos anos 1960, o médico Sérgio Ferreira, atual presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, descobriu na jararaca uma molécula que em 1977 virou remédio contra a hipertensão.
Disponível em: www.super.abril.com.br. Acesso em: 2 mar. 2012 (fragmento).
Nos diferentes textos, pode-se inferir, entre outras informações, quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu público-alvo. No trecho, para aproximar-se do interlocutor, o autor
A) emprega uma linguagem técnica de domínio do leitor.
B) enfatiza informações importantes para a vida do leitor
C) introduz o tema antecipando possíveis reações do leitor
D) explora um tema sobre o qual o leitor tem reconhecido interesse.
E) apresenta ao leitor, de forma minuciosa, a descoberta dos médicos.
Solução
No trecho, o autor busca aproximar-se do interlocutor ao abordar o tema de uma maneira que antecipa possíveis reações. Ao mencionar algo inusitado, como “uma supercola feita de sangue de boi e veneno de cascavel”, o autor utiliza uma estratégia que surpreende o leitor e, em seguida, tranquiliza-o, mostrando que a descoberta científica é benéfica. Essa antecipação de reações contribui para criar um tom acessível e envolvente, facilitando a compreensão do tema.
Alternativa C