Nós adoraríamos dizer que somos perfeitos. Que somos infalíveis. Que não cometemos nem mesmo o menor deslize. E só não falamos isso por um pequeno detalhe: seria uma mentira. Aliás, em vez de usar a palavra “mentira”, como acabamos de fazer, poderíamos optar por um eufemismo. “Meia-verdade”, por exemplo, seria um termo muito menos agressivo. Mas nós não usamos esta palavra simplesmente porque não acreditamos que exista uma “Meia-verdade”. Para o Conar, Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, existem a verdade e a mentira. Existem a honestidade e a desonestidade. Absolutamente nada no meio. O Conar nasceu há 29 anos (viu SÓ? não arredondamos para 30) com a missão de zelar pela ética na publicidade. Não fazemos isso porque somos bonzinhos (gostaríamos de dizer isso, mas, mais uma vez, seria mentira). Fazemos isso porque é a única forma da propaganda ter o máximo de credibilidade. E, cá entre nós, para que serviria a propaganda se o consumidor não acreditasse nela?
Qualquer pessoa que se sinta enganada por uma peça publicitária pode fazer uma reclamação ao Conar. Ele analisa cuidadosamente todas as denúncias e, quando é o caso, aplica a punição.
Anúncio veiculado na Revista Veja. São Paulo: Abril. Ed.2120, ano 42, nº27, 8 jul. 2009
Considerando a autoria e a seleção lexical desse texto, bem como os argumentos nele mobilizados, constata-se que o objetivo do autor do texto é
A) informar os consumidores em geral sobre a atuação do Conar.
B) conscientizar publicitários do compromisso ético ao elaborar suas peças publicitárias.
C) alertar chefes de família, para que eles fiscalizem o conteúdo das propagandas veiculadas pela mídia.
D) chamar a atenção de empresários e anunciantes em geral para suas responsabilidades ao contratarem publicitários sem ética.
E) chamar a atenção de empresas para os efeitos nocivos que elas podem causar à sociedade, se compactuarem com propagandas enganosas.
Solução
O texto, que aborda a atuação do Conar, é direcionado ao público consumidor. Isso fica evidente no último parágrafo, onde o leitor é incentivado a denunciar propagandas enganosas. Além disso, o fato de ter sido divulgado na revista Veja, um veículo amplamente consumido, reforça seu foco nos consumidores.
Alternativa A