Oximoro, ou paradoxismo, é uma figura de retórica em que se combinam palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas que, no contexto, reforçam a expressão.
Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa.
Considerando a definição apresentada, o fragmento poético da obra Cantares, de Hilda Hilst, publicada em 2004, em que pode ser encontrada a referida figura de retórica é:
A) “Dos dois contemplo
rigor e fixidez.
Passado e sentimento
me contemplam” (p. 91).
B) “De sol e lua
De fogo e vento
Te enlaço” (p. 101).
C) “Areia, vou sorvendo
A água do teu rio” (p. 93).
D) “Ritualiza a matança
de quem só te deu vida.
E me deixa viver
nessa que morre” (p. 62).
E) “O bisturi e o verso.
Dois instrumentos
entre as minhas mãos” (p. 95).
Solução
Nos versos “me deixa viver / nessa que morre”, a união de sentidos opostos entre “vida” e “morte” cria um oxímoro, reforçando um efeito poético que transforma o paradoxo em uma expressão de profundidade existencial.
Alternativa D