Pode chegar de mansinho, como é costume por ali, e observar sem pressa cada detalhe da estação ferroviária de Mariana. Repare na arquitetura recém-revitalizada do casarão, e como os detalhes em madeira branca, as delicadas arandelas de luzes amarelas e os elementos barrocos da torre já começam a dar o gostinho da viagem aguardada. Vindo lá de longe, o apito estridente anuncia que logo, logo o cenário estará completo para a partida. E não tarda para o trem de fato surgir. Pequenino a princípio, mas de repente, em toda aquela imensidão que desliza pelos trilhos. Arrancando sorrisos e deixando boquiaberto até o mais desconfiado dos mineiros.
TIUSSU, B. Raízes mineiras. Disponível em: www.estadao.com.br. Acesso em: 15 nov. 2011 (fragmento)
A leitura do trecho mostra que textos jornalísticos produzidos em determinados gêneros mobilizam recursos linguísticos com o objetivo de conduzir seu público-alvo a aceitar suas ideias. Para envolver o leitor no retrato que faz da cidade, a autora
A) inicia o texto com a informação mais importante a ser conhecida, a estação de trem de Mariana.
B) descreve de forma parcial e objetiva a estação de trem da cidade, seus detalhes e características.
C) apresenta com cuidado e precisão os recursos da cidade, sua infraestrutura e singularidade.
D) faz uma crítica indireta à desconfiança dos mineiros, mostrando conhecimento do tema.
E) dirige-se a ele por meio de verbos e expressões verbais, convidando-o a partilhar das belezas do local.
Solução
No texto, a autora utiliza verbos e expressões verbais de maneira envolvente, convidando o leitor a apreciar os detalhes e belezas da estação de trem de Mariana. Ao sugerir que o leitor “pode chegar de mansinho” e “observar sem pressa”, a autora cria uma atmosfera acolhedora e convida à contemplação, envolvendo-o no cenário descrito. Essa escolha de linguagem aproxima o leitor da experiência, fazendo com que ele se sinta parte da narrativa.
Alternativa E