— … E o amor não é só o que o senhor Sousa Costa pensa. Vim ensinar o amor como deve ser. Isso é que pretendo, pretendia ensinar pra Carlos. O amor sincero, elevado, cheio de senso prático, sem loucuras. Hoje, minha senhora, isso está se tornando uma necessidade desde que a filosofia invadiu o terreno do amor! Tudo o que há de pessimismo pela sociedade de agora! Estão se animalizando cada vez mais. Pela influência às vezes até indireta de Schopenhauer, de Nietzsche… embora sejam alemães. Amor puro, sincero, união inteligente de duas pessoas, compreensão mútua. E um futuro de paz conseguido pela coragem de aceitar o presente.
Rosto polido por lágrimas saudosas, quem vira Fräulein chorar!…
— … É isso que eu vim ensinar pra seu filho, minha senhora. Criar um lar sagrado! Onde é que a gente encontra isso agora?
ANDRADE, M. Amar, verbo intransitivo. Rio de Janeiro: Agir, 2008.
Confrontada pela dona da casa, a personagem alemã explica as razões de sua presença ali. Em seu discurso, o amor é concebido por um viés que
A) defende a idealização dos sentimentos.
B) explica filosoficamente suas peculiaridades.
C) questiona a possibilidade de sua compreensão.
D) demarca as influências culturais sobre suas práticas.
E) reforça o papel da família na transmissão de seus valores.
Solução
A personagem alemã menciona filósofos como Schopenhauer e Nietzsche, que refletem influências culturais e filosóficas sobre o amor, ao criticar a sociedade e seu comportamento. Ela explica sua concepção do amor com base nessas influências culturais e filosóficas, destacando como isso afeta a maneira de ensinar e compreender o amor.
Alternativa D