Os resultados de um ensaio clínico randomizado na Indonésia apontaram uma redução de 77% dos casos de dengue nas áreas que receberam o mosquito Aedes aegypti infectado com a bactéria Wolbachia. Trata-se da mesma técnica utilizada no Brasil pelo Método Wolbachia, iniciativa conduzida pela Fundação Oswaldo Cruz — Fiocruz. Essa bactéria induz a redução da carga viral no mosquito e, consequentemente, o número de casos de dengue na área, sendo repassada por meio do cruzamento entre os insetos. Como essa bactéria é um organismo intracelular e o vírus também precisa entrar nas células para se reproduzir, ambos necessitarão de recursos comuns.
COSTA, G. Agência Fiocruz de Notícias. Estudo confirma eficácia do Método Wolbachia para dengue. Disponível em: https://portal.fiocruz.br. Acesso em: 3 jun. 2022 (adaptado).
Essa tecnologia utilizada no combate à dengue consiste na
A) predação do vírus pela bactéria.
B) esterilização de mosquitos infectados.
C) alteração no genótipo do mosquito pela bactéria.
D) competição do vírus e da bactéria no hospedeiro.
E) inserção de material genético do vírus na bactéria.
Solução
O Método Wolbachia utiliza a bactéria Wolbachia para combater a dengue ao introduzi-la nos mosquitos Aedes aegypti. Essa bactéria age competindo com o vírus da dengue pelos recursos dentro das células do mosquito, reduzindo assim a capacidade do vírus de se replicar. Ao ocupar esses recursos essenciais, a Wolbachia diminui a carga viral no mosquito, o que consequentemente reduz a transmissão do vírus para humanos. Esse método não envolve predar o vírus, esterilizar os mosquitos, modificar geneticamente o mosquito pela bactéria nem inserir material genético viral na bactéria, mas sim criar uma competição dentro do hospedeiro que limita a replicação e transmissão do vírus da dengue.
Alternativa D