O tradicional ornato para cabelos, a tiara ou diadema, já foi uma exclusividade feminina. Na origem, tanto “tiara” quanto “diadema” eram palavras de bom berço. “Tiara” nomeava o adorno que era o signo de poder entre os poderosos da Pérsia antiga e povos como os frísios, os bizantinos e os etíopes. A palavra foi incorporada do Oriente pela Grécia e chegou até nós por via latina, para quem queria referir-se à mitra usada pelos persas. Diadema era a faixa ou tira de linho fino colocado na cabeça pelos antigos latinos, herança do derivado grego para diádo (atar em volta, segundo o Houaiss). No Brasil, a forma de arco ou de laço das tiaras e alguns usos específicos (o nordestino “gigolete” faz alusão ao ornato usado por cafetinas, versões femininas do “gigolô”) produziram novos sinônimos regionais do objeto.
Os sinônimos da tiara. Língua Portuguesa, n. 23, 2007 (adaptado).
No texto, relata-se que o nome de um enfeite para cabelo assumiu diferentes denominações ao longo da história. Essa variação justifica-se pelo(a)
A) distanciamento de sentidos mais antigos.
B) registro de fatos históricos ocorridos em uma dada época.
C) associação a questões religiosas específicas de uma sociedade.
D) tempo de uso em uma comunidade linguística.
E) utilização do objeto por um grupo social.
Solução
O texto explica que a tiara ou diadema foi, em diferentes momentos da história, um ornato utilizado por grupos sociais distintos, como os persas, os bizantinos e outros. Além disso, menciona o surgimento de sinônimos regionais, como o “gigolete”, que está associado a um grupo social específico no Brasil. Portanto, a variação das denominações está relacionada aos diferentes grupos sociais que usaram o objeto ao longo do tempo.
Alternativa E