O solo, A morte do Cisne, criado em 1905 pelo russo Mikhial Fokine a partir da música do francês Camile Saint-Saens, retrata o último vôo do cisne antes de morrer. Na versão original, uma bailarina com figurino impecavelmente branco e na ponta dos pés interpreta toda a agonia da ave se debatando até desfalecer.
Em 2012, John Lennon da Silva, de 20 anaos, morador do bairro de São Mateus, na Zona Leste de São Paulo, elaborou um novo jeito de dançar a coriografia imoortalizada pela bailarina Anna Pavlova. No lugar de colã e das sapatilhas, vestiu calça jeans, camiseta e tênis. Em vez de balé, trouxe o estilo popping do street dance. Sua apresentação inovadora, A morte do Cisne , que foi ao ar no programa se ela dança eu danço, virou Hit no YouTube.
Disponível em: www.correiobraziliense.com.br. Acesso em: 18 jun. 2019 (adaptado).
A forma original de John Lennon da Silva reinterpretar a coreografia A morte do Cisne demonstra que
A) a composição da coreografia foi influenciada pela escolha do figurino.
B) a criação artística é beneficiada pelo encontro de modelos oriundos de diferentes realidades socioculturais.
C) A variação entre os modos de dançar uma mesma música evidencia a hierarqui9a que marca as manifestações artísticas.
D) a formação erudita, a qual o dançarino não teve acesso, resulta de artistas que só conhecem a estética da arte popular.
E) a interpretação, por homens, de coreografias originalmente concebidas para mulheres exige uma adaptação complexa.
Solução
A apresentação de John Lennon da Silva, ao reinterpretar A Morte do Cisne, exemplifica o encontro entre duas realidades distintas: a música clássica, associada às elites, e o street dance, enraizado nas periferias. Essa nova criação artística surge do sincretismo entre o reconhecimento da dança clássica e sua adaptação ao cotidiano do dançarino, evidenciada pela substituição do balé tradicional pelo popping e pela escolha de um figurino contemporâneo, composto por jeans, camiseta e tênis.
Alternativa B
