Em 1879, cerca de cinco mil pessoas reuniram-se para solicitar a D. Pedro II a revogação de uma taxa de 20 réis, um vintém, sobre o transporte urbano. O vintém era a moeda de menor valor da época. A polícia não permitiu que a multidão se aproximasse do palácio. Ao grito de “Fora o vintém!”, os manifestantes espancaram condutores, esfaquearam mulas, viraram bondes e arrancaram trilhos. Um oficial ordenou fogo contra a multidão. As estatísticas de mortos e feridos são imprecisas. Muitos interesses se fundiram nessa revolta, de grandes e de políticos, de gente miúda e de simples cidadãos. Desmoralizado, o ministério caiu. Uma grande explosão social, detonada por um pobre vintém.
Disponível em: www.revistadehistoria.com.br. Acesso em: 4 abr. 2014 (adaptado).
A leitura do trecho indica que a coibição violenta das manifestações representou uma tentativa de
A) capturar os ativistas radicais.
B) proteger o patrimônio privado.
C) salvaguardar o espaço público.
D) conservar o exercício do poder.
E) sustentar o regime democrático.
Solução
A repressão violenta a manifestações populares é uma prática com um histórico significativo e recorrente em diversas partes do mundo. No Brasil, essa abordagem tem sido utilizada frequentemente como uma estratégia para manter o poder dos governantes e silenciar a oposição, mesmo dentro de um sistema democrático. Um exemplo notável dessa prática ocorreu em 2013, quando protestos foram severamente reprimidos, refletindo a continuidade desse padrão de repressão em situações de dissidência e contestação.
Os protestos, que inicialmente começaram com uma mobilização relativamente pequena contra o aumento das tarifas de transporte, rapidamente cresceram em escala e intensidade. A resposta das autoridades incluiu o uso de força policial e tática repressiva, o que gerou críticas tanto no Brasil quanto internacionalmente. As manifestações de junho de 2013 foram um marco significativo na história recente do Brasil, destacando o descontentamento popular e a necessidade de reformas estruturais no país.
Alternativa D