Na sociedade contemporânea, onde as relações sociais tendem a reger-se por imagens midiáticas, a imagem de um indivíduo, principalmente na indústria do espetáculo, pode agregar valor econômico na medida de seu incremento técnico: amplitude do espelhamento e da atenção pública. Aparecer é então mais do que ser; o sujeito é famoso porque é falado. Nesse âmbito, a lógica circulatória do mercado, ao mesmo tempo que acena democraticamente para as massas com supostos “ganhos distributivos” (a informação ilimitada, a quebra das supostas hierarquias culturais), afeta a velha cultura disseminada na esfera pública. A participação nas redes sociais, a obsessão dos selfies, tanto falar e ser falado quanto ser visto são índices do desejo de “espelhamento”.
SODRÉ, M. Disponível em: http://alias.estadao.com.br. Acesso em: 9 fev. 2015 (adaptado).
A crítica contida no texto sobre a sociedade contemporânea enfatiza
A) a prática identitária autorreferente.
B) a dinâmica política democratizante.
C) a produção instantânea de notícias.
D) os processos difusores de informações.
E) os mecanismos de convergência tecnológica.
Solução
O avanço tecnológico facilitou a criação e expansão das redes sociais. Com isso, os indivíduos passaram a adotar comportamentos mais individualistas, evidenciados pelo crescente foco na autoimagem e pela popularização das “selfies”, que refletem uma maior valorização do eu.
Alternativa A