Nas décadas de 1860 e 1870, as escolas criadas ou recriadas, em geral, previam a presença de meninas, mas se atrapalhavam na hora de colocar a ideia em prática. Na província do Rio de Janeiro, várias tentativas foram feitas e todas malsucedidas: colocar rapazes e moças em dias alternados e, em 1874, em prédios separados. Para complicar, na Assembleia, um grupo de deputados se manifestava contrário ao desperdício de verbas para uma instituição “desnecessária”, e a sociedade reagia contra a ideia de coeducação.
VILLELA, H. O. S. O mestre-escola e a professora. In: LOPES, E. M. T.; FARIA FILHO, L. M.; VEIGA, C. G. (Org.).
500 anos de educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2003 (adaptado).
As dificuldades retratadas estavam associadas ao seguinte aspecto daquele contexto histórico:
A) Formação enciclopédica dos currículos.
B) Restrição do papel da mulher à esfera privada.
C) Precariedade de recursos na educação formal.
D) Vinculação da mão de obra feminina às áreas rurais.
E) Oferta reduzida de profissionais do magistério público.
Solução
As dificuldades retratadas no contexto das décadas de 1860 e 1870 estavam associadas à restrição do papel da mulher à esfera privada. Naquela época, a inclusão de meninas nas escolas enfrentava resistência devido à visão predominante de que o papel das mulheres deveria se limitar à esfera doméstica e privada. A oposição à coeducação e a dificuldade em implementar a presença feminina nas escolas refletem essa percepção social, que considerava a educação mista como algo desnecessário e inadequado para as mulheres.
Alternativa B