O autor da constituição de 1937, Francisco Campos, afirma no seu livro, O Estado Nacional, que o eleitor seria apático; a democracia de partidos conduziria à desordem; a independência do Poder Judiciário acabaria em injustiça e ineficiência; e que apenas o Poder Executivo, centralizado em Getúlio Vargas, seria capaz de dar racionalidade imparcial ao Estado, pois Vargas teria providencial intuição do bem e da verdade, além de ser um gênio político.
CAMPOS, F. O Estado nacional. Rio de Janeiro: José Olympio, 1940 (adaptado).
Segundo as ideias de Francisco Campos,
A) os eleitores, políticos e juízes seriam mal-intencionados.
B) o governo Vargas seria um mal necessário, mas transitório.
C) Vargas seria o homem adequado para implantar a democracia de partidos.
D) a Constituição de 1937 seria a preparação para uma futura democracia liberal.
E) Vargas seria o homem capaz de exercer o poder de modo inteligente e correto.
Solução
O texto de Francisco Campos revela uma profunda desconfiança nas instituições democráticas da época. Campos argumentava que os eleitores eram apáticos e que o sistema democrático de partidos levaria à desordem. Esse ponto de vista foi utilizado por Campos para justificar a concentração de poder nas mãos do Executivo, favorecendo a figura de Getúlio Vargas. Em 1937, Vargas aproveitou essa justificativa para dar um golpe de Estado e instaurar o Estado Novo, consolidando um regime autoritário e centralizado.
Alternativa E