Desde o mundo antigo e sua filosofia, que o trabalho tem sido compreendido como expressão de vida e degradação, criação e infelicidade, atividade vital e escravidão, felicidade social e servidão. Trabalho e fadiga. Na Modernidade, sob o comando do mundo da mercadoria e do dinheiro, a prevalência do negócio (negar o ócio) veio sepultar o império do repouso, da folga e da preguiça, criando uma ética positiva do trabalho.
ANTUNES, R. O século XX e a era da degradação do trabalho. In: SILVA, J. P. (Org.).
Por uma sociologia do século XX. São Paulo: Annablume, 2007 (adaptado).
O processo de ressignificação do trabalho nas sociedades modernas teve início a partir do surgimento de uma nova mentalidade, influenciada pela
A) reforma higienista, que combateu o caráter excessivo e insalubre do trabalho fabril.
B) Reforma Protestante, que expressou a importância das atividades laborais no mundo secularizado.
C) força do sindicalismo, que emergiu no esteio do anarquismo reivindicando direitos trabalhistas.
D) participação das mulheres em movimentos sociais, defendendo o direito ao trabalho.
E) visão do catolicismo, que, desde a Idade Média, defendia a dignidade do trabalho e do lucro.
Solução
Durante a Reforma Protestante, surgiu a ideia de que “o trabalho dignifica o homem”, o que contribuiu para que os indivíduos aceitassem com mais facilidade sua condição dentro das relações de trabalho exploratórias estabelecidas. Esse conceito ajudou a moldar uma mentalidade em que o trabalho era visto como um meio de redenção e valor pessoal, mesmo em contextos de exploração.
Alternativa B