Nem mesmo Castelo Branco seria um aliado incondicional das políticas liberais recomendadas pelos organismos financeiros internacionais, nem dos contornos que o Departamento de Estado norte-americano promovia na política externa dos Estados latino-americanos. As políticas da Ditadura Militar — em particular as iniciativas de planejamento econômico, um projeto frustrado de reforma agrária promovido pelo ministro Roberto Campos e a rejeição ao “alinhamento automático” com Washington nos organismos multilaterais — proporcionariam pelo menos incerteza nos círculos decisórios da política externa dos Estados Unidos.
RAPOPORT, M.; LAUFER, R. Os Estados Unidos diante do Brasil e da Argentina: os golpes militares da década de 1960.
Revista Brasileira de Política Internacional, n. 43, 2000 (adaptado).
O texto aborda uma diretriz do Estado brasileiro em suas relações com os Estados Unidos caracterizada pela
A) construção de alianças pragmáticas.
B) busca da superioridade comercial.
C) afirmação da equidade continental.
D) insistência na integração regional.
E) redução de investimentos bélicos.
Solução
O texto descreve uma diretriz da política externa brasileira em relação aos Estados Unidos caracterizada pela construção de alianças pragmáticas. O Brasil, sob a Ditadura Militar, adotou uma postura independente ao não seguir incondicionalmente as políticas liberais recomendadas pelos organismos financeiros internacionais e ao evitar o alinhamento automático com Washington. Essas decisões refletiam uma abordagem estratégica de formar parcerias que permitissem maior autonomia e flexibilidade na condução das suas relações exteriores.
Alternativa A