A pessoa com deficiência de qualquer modalidade — seja visual, auditiva, física ou mental — encontra-se em uma posição de grande vulnerabilidade em relação às pessoas sem deficiência, sendo frequentemente marcante a assimetria das relações de poder na interação entre ambas. Tal assimetria de relação hierárquica é multiplicada conforme a severidade de cada caso, sendo ampliada se a pessoa com necessidades especiais pertencer a um outro grupo de risco, por exemplo, se for mulher ou criança.
PASIAN, M. S. A negligência parental e a relação com a deficiência: o que mostra a pesquisa nacional. Revista Educação Especial, n. 53, set.-dez. 2015 (adaptado).
A realidade abordada no texto indica a necessidade de se promover uma ética interpessoal centrada no
A) cuidado, proteção e valorização dos indivíduos.
B) entendimento, perdão e tolerância dos responsáveis.
C) cerceamento, arregimentação e controle de entidades.
D) regramento, legislação e responsabilização de culpados.
E) ensimesmamento, interiorização e indulgência dos agentes.
Solução
O texto destaca a vulnerabilidade das pessoas com deficiência e a desigualdade nas relações de poder entre elas e os indivíduos sem deficiência, especialmente em casos mais graves. A situação descrita reforça a necessidade de uma ética interpessoal que promova o cuidado, a proteção e a valorização dessas pessoas, garantindo o respeito e a dignidade em sua convivência social, e buscando mitigar a assimetria e a marginalização que enfrentam.
Alternativa A