Durante o Estado Novo, os encarregados da propaganda procuraram aperfeiçoar-se na arte da empolgação e envolvimento das “multidões” através das mensagens políticas. Nesse tipo de discurso, o significado das palavras importa pouco, pois, como declarou Goebbels, “não falamos para dizer alguma coisa, mas para obter determinado efeito”.
CAPELATO, M. H. Propaganda política e controle dos meios de comunicação. In: PANDOLFI, D. (Org.).
Repensando o Estado Novo. Rio de Janeiro: FGV, 1999.
O controle sobre os meios de comunicação foi uma marca do Estado Novo, sendo fundamental à propaganda política, na medida em que visava
A) conquistar o apoio popular na legitimação do novo governo.
B) ampliar o envolvimento das multidões nas decisões políticas.
C) aumentar a oferta de informações públicas para a sociedade civil.
D) estender a participação democrática dos meios de comunicação no Brasil.
E) alargar o entendimento da população sobre as intenções do novo governo.
Solução
O Estado Novo (1937-1945) marcou um período de ditadura personalista sob a liderança de Getúlio Vargas. Para consolidar sua legitimidade e conquistar apoio popular, o governo de Vargas utilizou uma estratégia de propaganda intensa, conduzida pelo DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda). Este departamento não apenas exaltava os feitos do presidente, mas também exercia um rigoroso controle e censura sobre a mídia, reforçando a imagem e o poder do regime.
Alternativa A