Quando as elites de cada região do país procuraram estabelecer sua autonomia em relação ao governo central, elas se confrontaram com o espectro de uma anarquia social. Em uma sociedade escravocrata, a possibilidade de tal desordem ameaçava tudo. Líderes locais apoderaram-se da legitimidade que a Monarquia oferecia como uma tábua de salvação, e o Estado monárquico central que eles construíram os trouxe à terra firme. Os vínculos que se seguiram entre as várias regiões levaram a um sentimento de solidariedade. O Estado, portanto, fomentou a emergência de uma nação única: o Brasil.
GRAHAM, R. Construindo uma nação no Brasil do século XIX:
visões novas e antigas sobre classe, cultura e Estado. Diálogos (UEM), n. 1, 2001 (adaptado).
A aliança entre as elites regionais e o Estado monárquico resultou na
A) predominância do Partido Conservador.
B) consolidação dos ideais republicanos.
C) promoção da identidade brasileira.
D) elaboração das leis abolicionistas.
E) eclosão de revoltas regenciais.
Solução
A aliança entre as elites regionais e o Estado monárquico levou à promoção da identidade brasileira. Ao confrontar o risco de anarquia social e buscar estabilidade dentro de uma sociedade escravocrata, essas elites encontraram na centralização monárquica uma solução que garantiu a ordem e preservou seus privilégios. Esse processo fortaleceu os vínculos entre as diferentes regiões do país, fomentando um sentimento de solidariedade que, por sua vez, contribuiu para a construção de uma identidade nacional unificada.
Alternativa C