A falta de conhecimento em relação ao que vem a ser um material radioativo e quais os efeitos, consequências e usos da irradiação pode gerar o medo e a tomada de decisões equivocadas, como a apresentada no exemplo a seguir.
“Uma companhia aérea negou-se a transportar material médico por este portar um certificado de esterilização por irradiação.”
Física na Escola, v. 8, n. 2, 2007 (adaptado).
A decisão tomada pela companhia é equivocada, pois
A) o material é incapaz de acumular radiação, não se tornando radioativo por ter sido irradiado.
B) a utilização de uma embalagem é suficiente para bloquear a radiação emitida pelo material.
C) a contaminação radioativa do material não se prolifera da mesma forma que as infecções por microrganismos.
D) o material irradiado emite radiação de intensidade abaixo daquela que ofereceria risco à saúde.
E) o intervalo de tempo após a esterilização é suficiente para que o material não emita mais radiação.
Solução
A exposição de um objeto a doses controladas de radiação não o torna radioativo, ou seja, ele não passa a emitir radiação. Para que um material se torne radioativo, seria necessário irradiá-lo com partículas altamente energéticas durante períodos prolongados; além disso, o efeito dependeria das propriedades específicas do próprio material. No processo de esterilização de materiais cirúrgicos, são utilizadas doses controladas de Raios Gama ou Raios X, que não têm a capacidade de tornar o material radioativo. As técnicas de esterilização são realizadas seguindo rigorosos padrões de segurança, que garantem a ausência de qualquer risco de formação de núcleos radioativos.
Portanto, a preocupação da empresa com a emissão de radiação por materiais que passaram por irradiação é infundada, uma vez que esses materiais não acumulam radiação nem a emitem posteriormente.
Alternativa A