Nas reportagens publicadas sobre a inauguração de Museu de Arte de São Paulo, em 1947, quando ele ainda ocupava um edifício na rua Sete de Abril, Lina Bo Bardi não foi mencionada nenhuma vez. A arquiteta era responsável pelo projeto do museu que mudaria para sempre a posição de São Paulo no circuito mundial das artes. Mas não houve nenhum registro disso. O louvor se concentrou em seu marido e parceiro profissional, o respeitado crítico de arte Pietro Maria Bardi. Passados 75 anos, a mulher então ignorada recebeu um Leão de Ouro póstumo, a maior homenagem da Bienal de Arquitetura de Veneza, e tem agora sua história contada em duas biografias de peso, que procuram destrinchar uma carreira marcada pela ousadia e pela contradição.
PORTO, W. Lina Bo Bardi tem sua arquitetura contraditória destrinchada em biografias.
Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 10 nov. 2021 (adaptado).
As transformações pelas quais passaram as sociedades ocidentais e que possibilitaram o reconhecimento recente do trabalho da arquiteta mencionada no texto foram resultado das mobilizações sociais pela
A) equidade de gênero.
B) liberdade de expressão.
C) admissibilidade de voto.
D) igualdade de oportunidade.
E) reciprocidade de tratamento.
Solução
A luta das mulheres por reconhecimento e direitos continua a ser uma batalha constante e relevante. O exemplo abordado no texto ilustra como, ao longo da história, as mulheres foram frequentemente silenciadas em momentos chave da construção cultural do Brasil. Embora o reconhecimento muitas vezes tenha sido demorado, ele evidencia os resultados concretos da luta pela equidade de gênero, destacando a importância e o impacto das contribuições femininas ao longo do tempo.
Alternativa A